Aditivos alimentares: entenda a descrição nas embalagens

É muito importante para nós, termos consciência do que estamos ingerindo. Saber o bem (ou mal) que estamos fazendo ao nosso corpo, assim sendo, existem leis que regulamentam e orientam de que maneira essas informações devem ser apresentadas. No Brasil é a Anvisa que realiza testes, aprova e fiscaliza o uso dos aditivos alimentares nos alimentos industrializados.

Estas substâncias encontram-se divididas principalmente em acidulantes, corantes, antioxidantes, estabilizantes, espessantes, gelificantes, anti-aglomerantes, agentes de revestimento, gases de embalagem.

Acidulantes

Muito utilizado em sucos, refrescos e refrigerantes. Sua principal função é conferir mais acidez ou dulçor às bebidas, imitando o gosto de frutas, mas também pode servir como conservante e antioxidante. Alguns ácidos comumente usados são: ácido acético, ácido cítrico, ácido tartárico,ácido málico,ácido fumárico e ácido láctico.

Corantes

São os corantes que dão a cor dos alimentos industrializados, conferindo uma aparência mais natural e palatável. Como os alimentos precisam ter apelo visual para os consumidores comprarem, os corantes são amplamente utilizados.

Antioxidantes

Atuam como conservantes ao inibirem os efeitos do oxigênio sobre os alimentos, sendo em geral benéficos para a saúde. O ácido sórbico é muito utilizado como antioxidante, mas existem outros como ácido cítrico ou ácido fosfórico, além de outros elementos químicos.

Estabilizantes

Muitos alimentos contêm na sua composição misturas de óleos e água, denominadas como emulsões. Os estabilizantes são utilizados em alimentos, como maionese, vinagretes, molhos e gelados, de forma a evitar separação de fases das emulsões, ajudando, desta forma, a manter as propriedades físicas e a própria textura dos alimentos. Entre os estabilizantes mais comuns incluem-se a goma de alfarroba (E410) e os alginatos (E400-404).

Espessantes

São adicionados aos alimentos líquidos para aumentar a sua viscosidade, sendo geralmente compostos por hidratos de carbono, como por exemplo, a metil-celulose hidroxipropil (E464). Os espessantes são adicionados a uma grande variedade de alimentos, incluindo os molhos.

Gelificantes

São usados para espessar e estabilizar os alimentos líquidos, conferindo-lhes, desta forma, a sua textura. Desempenham um efeito muito semelhante aos espessantes, porém, como o próprio nome sugere, os agentes gelificantes formam géis, criando um alimento único, que, apesar de ser composto maioritariamente por líquido, apresenta um aspecto sólido, como é o caso das gelatinas, das geleias, e alguns produtos de confeitaria.

Os gelificantes mais comuns são a pectina (E440) e a carragena (E407).

Anti-aglomerantes

Atuam revestindo as partículas de alimento, absorvendo o excesso de umidade e evitando assim a aglomeração de produtos em pó. Um dos anti-aglomerantes mais usado é silicato de cálcio (E552), utilizado para prevenir a aglomeração de fermentos em pó e sal de mesa.

Agentes de revestimento

Os agentes de revestimento, são utilizados para conferir aos alimentos um revestimento brilhante, polido e de protecção, como no caso dos produtos de pastelaria, de panificação e dos frutos. Os agentes de revestimento mais comuns incluem: cera de abelha (E901), cera de carnaúba (E903) e ácidos gordos (E570).

Gases de embalagem

São utilizados para modificar a atmosfera na qual os alimentos são embalados, a fim de controlar o amadurecimento, inibir as alterações químicas e evitar a deterioração. Dependendo do alimento e do efeito desejado, diferentes formulações de gases são introduzidas na embalagem. Por exemplo, misturas de dióxido de carbono (30-60%) e nitrogênio (40-70%) são capazes de inibir o crescimento de muitos microrganismos e pode ser usado para reduzir a contaminação microbiológica de carnes e peixes. Por outro lado, combinações de dióxido de carbono (20 -30%) e oxigênio (70-80%) podem ser utilizados na prevenção da descoloração das carnes vermelhas.