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Você come peixe cru? Fique atento aos riscos de contaminação!


Considerando o crescente número de estabelecimentos que oferecem no buffet opções com pescado cru é preciso ficar atento aos riscos de desenvolvimento de infecções causadas por essa forma de consumo. Um exemplo é o salmão, que pode desencadear uma condição conhecida como a “tênia do peixe”, a difilobotríase, ela é semelhante a tênia solium e tênia saginata, cuja contaminação ocorre através da ingestão de carnes de gado e porco mal cozidas. O hospedeiro definitivo é o homem, porém outros mamíferos, como cães e gatos, que comem peixe cru podem servir de hospedeiro.

Este parasita se instala no intestino humano e é um dos maiores parasitas que podem habitar o homem, podendo atingir cerca de dez metros de comprimento. Os indivíduos infectados, mesmo sendo assintomáticos, eliminam ovos e podem, por isso, contaminar novos peixes de rios e lagos, facilitando a disseminação da doença.

Quais são os sinais e sintomas da difilobotríase?

A maioria dos casos (cerca de 80%) de difilobotríase é assintomática. Como o verme adulto fica no intestino, quando há sintomas, aparecem principalmente: diarreia, dores abdominais, sensação de excesso de gases, um pouco de fraqueza e até anemia causada por deficiência de vitamina B12.

Como diagnosticar a difilobotríase?

Através do exame parasitológico de fezes, que pode detectar ao microscópio os ovos do parasita. Pessoas que têm o hábito de consumir peixes crus devem fazer periodicamente esse exame, que deve ser feito em cerca de seis semanas após a última ingestão de peixe cru. O diagnóstico também pode ser feito a olho nu, pelo reconhecimento de eventuais fragmentos da tênia nas fezes da pessoa suspeita.

Como tratar a difilobotríase?

O tratamento, em especial para as infecções adquiridas por meio do consumo de peixes de água doce, é a injeção de ácido diatrizoico no duodeno, resultando no desprendimento do verme do intestino e sua consequente eliminação. Medicamentos anteriormente utilizados como praziquantel e niclosamida não devem mais ser utilizados como primeira opção de terapia, pois resultam na desintegração do parasita, sendo impossível deste modo confirmar a eliminação do escólex (cabeça).

Como prevenir a difilobotríase?

Existe a estratégia do congelamento dos peixes numa temperatura de -18°C durante pelo menos 24 horas, suficiente para matar as larvas. Cozinhar adequadamente também mata as larvas desse parasita. Além disso, fezes humanas é um mecanismo importante de disseminação dos ovos desse verme, sendo necessário a implantação de uma rede de esgoto para reduzir a infecção dos peixes e conseqüentemente em humanos.

No caso de iguarias como o sushi e sashimi, preparadas manualmente, além da contaminação do pescado, o contato direto do alimento com as mãos pode levar o aumento da incidência de patógenos como o Staphilococcus aureus e Coliformes termotolerantes. Por isso é preciso ficar atento à higiene do local, o pescado precisa estar a mostra do consumidor através de balcões com proteção de vidro, o manipulador precisa cuidar da higiene do local, da mão e das roupas e o gelo de conservação precisa ser filtrado.


 
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