Aditivos alimentares: o que são, para que servem e até que ponto podem causar riscos para a nossa sa

Você já parou para ler os rótulos dos produtos que você compra? Caso o tenha feito, deve ter se preguntado o que seriam alguns dos ingredientes denominados como “estabilizante – citrato de sódio”, “regulador de acidez – bicarbonato de sódio”, “conservador – sorbato de potássio”, entre outros inúmeros exemplos que são encontrados nos alimentos que consumimos no nosso dia a dia.
Um aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado aos alimentos de forma intencional, porém sem a intenção de nutrir o consumidor; deste modo, o mesmo poderá ser o responsável por alterações químicas, físicas e microbiológicas do alimento.
A ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – é o órgão responsável pela definição, regulamentação e fiscalização destes componentes denominados “Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de Tecnologia”. Essa regulamentação leva em consideração inúmeros estudos, procedimentos, análises e resultados que foram feitos e comprovados por órgãos internacionais como: FAO – Organização para
Alimentação e Agricultura, OMS – Organização Mundial da Saúde, FDA - U.S. Food and Drug Administration, entre outras referências internacionalmente reconhecidas.
Atualmente, a grande questão quanto ao uso de aditivos em alimentos está relacionada ao fato de haver uma controvérsia entre a necessidade e a segurança do uso dos mesmos. Considerando o ponto de vista tecnológico, os aditivos alimentares trouxeram inúmeros benefícios para os produtos encontrados no mercado, através do aumento da vida de prateleira, por exemplo, contribuindo para manter as características sensoriais desejadas para aquele tipo de produto. Mesmo assim, ainda há preocupação constante quanto ao uso e consumo exagerado desses aditivos, considerando os potenciais riscos toxicológicos para a saúde do consumidor.
Existem diversos estudos em relação ao consumo desses aditivos e aos possíveis problemas que podem causar a saúde das pessoas, muitos deles concluem que esses fatores de risco estão relacionados ao consumo em exagero, não a quantidade de aditivo adicionada ao produto.
A legislação brasileira vigente descreve e especifica a quantidade máxima permitida para cada tipo de aditivo, assim como sua função de acordo com a categoria do alimento. A mesma sempre está sujeita à atualizações, de acordo com os avanços do conhecimento cientifico e tecnológico, considerando a proteção da saúde da população.
Há uma grande variedade de aditivos encontrados nos alimentos industrializados, cada um de acordo com uma função específica. Mas, antes de darmos exemplos, é importante esclarecer o significado do termo INS: International Numbering System (ou Sistema Internacional de Numeração), é o sistema numérico elaborado pelo Codex Alimentarius para identificar contaminantes e aditivos alimentares ao invés de utilizar o próprio nome do aditivo.
Abaixo, listamos alguns exemplos bem conhecidos, onde podem ser encontrados e quais suas funções nos alimentos:

É dever da indústria e do produtor seguir as recomendações indicadas pela ANVISA nas Resoluções específicas para o produto que será feito. Deste modo, a saúde do consumidor deve estar, sempre, acima de quaisquer possíveis considerações.
Se você tem alguma dúvida sobre qual tipo ou quantidade de aditivo alimentar deve ser escolhido para o seu produto, ou até mesmo possui a intenção de fazer alguma modificação para deixá-lo com maior e melhor qualidade, entre em contato com a Caltech! Oferecemos serviços relacionados a Desenvolvimento e Melhoria de Produtos, além de análises referentes a Vida de Prateleira e Atividade Microbiológica. Até a próxima!
REFERÊNCIAS:
BRASIL, Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia. Disponível em <http://portal.anvisa.gov.br/aditivos-alimentares-e-coadjuvantes>. Acesso em 08 de agosto de 2017.
POLÔNIO, M. L. T. & PERES. F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Review. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(8):1653-1666, ago, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csp/v25n8/02.pdf>. Acesso em: 08 de agosto de 2017.